Na Coréia do Sul, reunir-se num cibercafé para jogar é um programa tão comum como sair para jantar ou ir ao cinema. E nunca ter ouvido falar de programas como Sudden Attack, é como no Brasil nunca ter ouvido falar do Ronaldinho Gaúcho.
Todos os dias, principalmente depois do trabalho ou da escola, milhões de coreanos se dirigem rapidamente para os chamados PC bangs ?os onipresentes cibercafés, espalhados por toda a Coréia. Há pelo menos 20 mil em todo o país.
Na ultra-urbanizada Seul é comum ver os campos de futebol vazios, enquanto as salas dos cibercafés estão abarrotadas de homens e mulheres, entre 13 e 30 anos, que se mantêm colados nos monitores, gritando, fumando, bebendo e até comendo em frente ao computador.
"É um problema grave", disse ao G1 o psiquiatra Kim Hyun Sôo, que em 2005 coordenou um projeto do governo para aumentar o número de clínicas preparadas para ajudar os viciados em jogos online.
Falando em seu consultório no centro de Seul, que é usado exclusivamente para o tratamento de pessoas com esse tipo de problema, ele disse que casos de violência por causa dos jogos acontecem com freqüência no país.
"Os casos de jovens que mataram a facadas algum membro da própria família porque perderam um jogo são muito comuns por aqui. Os estudantes viciados sonham com os jogos e vêem as pessoas como alvos que precisam ser liquidados", afirma.
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